A morte inscrita no tempo

breves apontamentos sobre a morte e o morrer no Ocidente

Autores

  • Rosangela WERLANG Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional.
  • Jussara Maria Rosa MENDES Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional.

Palavras-chave:

Morte, Finitude, História da morte.

Resumo

Esta revisão de literatura trata da morte e das transformações em seu conteúdo e significado ao longo dos tempos, e tem como objetivo relacioná-la às diferentes organizações sociais e às questões que envolvem a individualidade e a finitude humanas. Incita à reflexão acerca de um tema tão caro a todos nós, qual seja, a nossa própria contingência. Nesse sentido, traz perspectivas na voz de diferentes autores, buscando compreender como chegamos à condição contemporânea em que a morte deve ser olvidada a qualquer preço. É assunto interdito, mesmo que inevitavelmente presente na vida cotidiana, cuja blindagem deve assegurar, cada vez mais, a não participação dos indivíduos, o não envolvimento. Destarte, compreender os caminhos percorridos pela morte, da proximidade ao seu banimento da vida social, é condição necessária à análise de nosso próprio fim, de nossa própria individualidade.

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Publicado

2014-09-30

Como Citar

WERLANG, R., & MENDES, J. M. R. (2014). A morte inscrita no tempo: breves apontamentos sobre a morte e o morrer no Ocidente. Estudos De Psicologia, 31(3). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8460