Stress e trabalho docente na área de saúde

Autores

  • Maria das Graças Marrocos de OLIVEIRA Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências da Saúde.
  • Cármen Lúcia CARDOSO Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Psicologia e Educação.

Palavras-chave:

Professores, Recursos humanos em saúde, Stress

Resumo

Este estudo teve como objetivo investigar as manifestações clínicas de stress e os fatores estressantes no trabalho de docentes em saúde de uma universidade pública do norte do Brasil. Foram aplicados os instrumentos: Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp e Questionário sobre percepção do próprio stress. Verificou-se que 24,2% dos participantes apresentaram manifestações clínicas de stress, dentre os quais 95,4% encontravam-se na fase de resistência. Em relação à sintomatologia do stress, verificou-se que 63,6% apresentavam sintomas físicos, e 36,4%, sintomas psicológicos. Quanto à percepção do próprio stress, do stress no trabalho e nas condições de trabalho, os docentes avaliaram-se como muito estressados. Os resultados referentes às manifestações clínicas de stress estiveram associados aos docentes com filhos (p=0,005) e que se percebem como muito estressados (p<0,05). Assim, destaca-se a necessidade de atenção e cuidado a essa parcela de docentes, que pareceram enfrentar dificuldades no ambiente de trabalho.><0,05). Assim, destaca-se a necessidade de atenção e cuidado a essa parcela de docentes, que pareceram enfrentar dificuldades no ambiente de trabalho.

 

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Publicado

2011-06-30

Como Citar

OLIVEIRA, M. das G. M. de, & CARDOSO, C. L. (2011). Stress e trabalho docente na área de saúde. Estudos De Psicologia, 28(2). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8430