O impacto das percepções de justiça organizacional e da resiliência sobre o engajamento no trabalho

Autores

  • Deanne de Freitas OLIVEIRA Universidade Salgado de Oliveira, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Maria Cristina FERREIRA Universidade Salgado de Oliveira, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.

Palavras-chave:

Justiça, Psicologia positiva, Resiliência, Trabalho

Resumo

A presente pesquisa investigou o impacto das percepções de justiça organizacional (distributiva, processual, interpessoal e informacional) e da resiliência sobre o engajamento no trabalho, mediante um estudo de levantamento de natureza transversal. A amostra foi composta por 435 profissionais de ambos os gêneros, provenientes de organizações públicas, privadas e do terceiro setor, situadas, predominantemente, no Estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados efetivou-se por meio de versões brasileiras da Escala de Percepção de Justiça Organizacional de Colquitt, da Escala de Resiliência de Connor-Davidson e da Escala de Engajamento no Trabalho de Utrecht. A análise de regressão múltipla linear padrão evidenciou que as percepções de justiça distributiva e interpessoal, bem como a resiliência, predisseram positivamente o engajamento no trabalho. Concluiu-se que a justiça organizacional e a resiliência consistem recursos motivacionais que promovem o engajamento no trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Akremi, A. E., Vandenberghe, C., & Camerman, J. (2010). The role of justice and social exchange relationships in workplace deviance: Test of a mediated model. Human Relations, 63(11), 1687-1717.

Albrecht, S. L. (2010). Employee engagement: 10 key questions for research and practice. In S. L. Albrecht (Ed.), Handbook of employee engagement: Perspectives, issues, research and practice (pp.3-19). Northampton: Edward Elgar.

Assmar, E. M. L., Ferreira, M. C., & Souto, S. O. (2005). Justiça organizacional: uma revisão crítica da literatura. Psicologia: Reflexão e Crítica, 18(3), 443-453.

Assmar, E. M. L., Ferreira, M. C., Souto, S. O., Souza, A. L. R., Mac-Cord, F., & Borges, D. (2002). Justiça organizacional: um modelo multidimensional para uso no Brasil. Resumos do I Congresso Psicologia e Profissão, São Paulo, SP. Recuperado em maio 15, 2012, de http:// www.cienciaeprofissao.com.br/congre/downloads.asp

Avey, J. B., Wernsing, T. S., & Luthans, F. (2008). Can positive employees help positive organizational change? Impact of psychological capital and emotions on relevant attitudes and behaviors. Journal of Applied Behavioral Science, 44(1), 48-70

Bakker, A. B., & Demerouti, E. (2008). Towards a model of work engagement. Career Development International, 13(3), 209-223

Bakker, A., & Leiter, M. P. (2010). Work engagement: Introduction. In A. B. Bakker & M. P. Leiter (Eds.), Work engagement: A handbook of essential theory and research (pp.1-9). New York: Psychology Press.

Barlach, L., Limongi, A. C., & Malvezzi, F. S. (2008). O conceito de resiliência aplicado ao trabalho nas organizações. Revista Interamericana de Psicologia, 42(1), 101-112.

Bies, R. J., & Moag, J. S. (1986). Interactional justice: Communication criteria of fairness. In R. J. Lewicki, B. H. Sheppard, & M. H. Bazerman (Eds.), Research on negotiation in organizations (pp.43-55). Greenwich: JAI Press

Campbell-Sills, L., & Stein, M. B. (2007). Psychometric analysis and refinement of the Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC): Validation of a 10-Item measure of resilience. Journal of Traumatic Stress, 20(6), 1019-1028.

Carvalho, V. A. M. L., Calvo, B. F., Martín, L. H., Campos, F. R., & Castilho, I. C. (2006). Resiliencia y el modelo burnout-engagement en cuidadores formales de ancianos. Psicothema, 18(4), 791-796.

Cojuharenco, I., & Patient, D. (2013). Workplace fairness versus unfairness: Examining the differential salience of facets of organizational justice. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 86(3), 371-393.

Cole, M. S., Bernerth, J. B., Walter, F., & Holt, D. T. (2010). Organizational justice and individuals’ withdrawal: Unlocking the influence of emotional exhaustion. Journal of Management, 47(3), 367-390.

Colquitt, J. A. (2001). On the multidimensionality of organizational justice: A construct validation of a measure. Journal of Applied Psychology, 86(3), 386-400.

Colquitt, J. A. (2012). Organizational justice. In S. W. J. Kozlowski (Ed.), The Oxford handbook of organizational psychology (Vol.1, pp.526-547). New York: Oxford University Press.

Colquitt, J. A., Conlon, D. E., Wesson, M. J., Porter, C. O. L. H., & Ng, K. Y. (2001). Justice at the millennium: A meta-analytic review of 25 years of organizational justice research. Journal of Applied Psychology, 86(3), 425-445.

Connor, K. M., & Davidson, J. R. T. (2003). Development of a new resilience scale: The Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC). Depression and Anxiety, 18(2), 76-82.

Ferreira, M. C., Assmar, E. M. L., Souto, S. O., Omar, A. G., Delgado, H. U., González, A. T., & Galáz, M. M. F. (2006). Individualismo e coletivismo, percepções de justiça e comprometimento em organizações latino- -americanas. Revista Interamericana de Psicologia, 40(1), 13-24.

Greenberg, J. (1987). A taxonomy of organizational justice theories. Academy of Management Review, 12(1), 9-22.

Hair, J. F., Andersen, R. E., Tatham, R. L., & Black, W. C. (2005). Análise multivariada de dados. Porto Alegre: Artmed.

Hakanen, J. J., & Roodt, G. (2010). Using the job demands-resources model to predict engagement: Analysing a conceptual model. In A. B. Bakker & M. P. Leiter (Eds.), Work engagement: A handbook of essential theory and research (pp.85-101). New York: Psychology Press.

He, H., Zhu, W., & Zheng, X. (2014). Procedural justice and employee engagement: Roles of organizational identification and moral identity centrality. Journal of Business Ethics, 122(4), 681-695.

Lopes, V. R., & Martins, M. C. F. (2011). Validação fatorial da escala de resiliência de Connor-Davidson (CD-RISC-10) para brasileiros. Psicologia: Organizações e Trabalho, 11(2), 36-50.

Melillo, A., & Ojeda, E. N. S. (2005). Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas. Porto Alegre: Artmed.

Mendonça, H., & Mendes, A. M. (2005). Experiências de injustiça, sofrimento e retaliação no contexto de uma organização pública do estado de Goiás. Psicologia em Estudo, 10(3), 489-498.

Miles, J. N. V., & Shevlin, M. E. (2001). Applying regression and correlates: A guide for students and researchers. London: Sage.

Rego, A. (2002). Comprometimento afetivo dos membros organizacionais: O papel das percepções de justiça. Revista de Administração Contemporânea, 6(2), 209-241.

Rego, A., & Souto, S. (2004). A percepção de justiça como antecedente do comprometimento organizacional: um estudo luso-brasileiro. Revista de Administração Contemporânea, 8(1), 151-177.

Rupp, D. E. (2011). An employee-centered model of organizational justice and social responsibility. Organizational Psychology Review, 1(1), 72-94.

Saks, A. M. (2006). Antecedents and consequences of employee engagement. Journal of Managerial Psychology, 21(7), 600-619.

Schaufeli, W. B., & Bakker, A. B. (2003). UWES: Utrecht Work Engagement Scale: Preliminary manual. Utrecht: Occupational Health Psychology Unit.

Schaufeli, W. B., & Bakker, A. B. (2004). Job demands, job resources, and their relationship with burnout and engagement: A multi-sample study. Journal of Organizational Behavior, 25(3), 293-315.

Siqueira, M. M., Gomide Júnior, S., & Oliveira, A. F. (2002). Cidadania, justiça e cultura nas organizações: estudos psicossociais. São Paulo: Universidade Metodista.

Strom, D. L., Sears, K. L., & Kelly, K. M. (2014). Work engagement: The roles of organizational justice and leadership style in predicting engagement among employees. Journal of Leadership and Organizational Studies, 21(1), 71-82.

Tabachnik, B. G., & Fidell, L. (2007). Using multivariate statistics (5ª ed.). Boston: Pearson.

Thibaut, J. W., & Walker, L. (1975). Procedural justice: A psychological analysis. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates.

Ungar, M., Dumont, C., & McDonald, W. (2005). Risk, resilience and outdoor programming for at-risk children. Journal of Social Work, 5(3), 319-338.

Valentini, F., & Ferreira, M. C. (2014). Brazilian confirmatory factor analysis of the Utrecht Work Engagament Scale. Book of Abstracts of The 9th Conference of the International Test Comission, San Sebastian, Espanha. Retrieved August 5, 2014, from http://www.itc 2014ss.com/uploads/Libro%20grab%20CD%20O ng.pdf

Downloads

Publicado

2023-03-24

Como Citar

OLIVEIRA, D. de F., & FERREIRA, M. C. (2023). O impacto das percepções de justiça organizacional e da resiliência sobre o engajamento no trabalho. Estudos De Psicologia, 33(4). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8057

Edição

Seção

PSICOLOGIA SOCIAL E ORGANIZACIONAL