Relações entre motivação, estilos cognitivos e percepção de práticas pedagógicas promotoras de criatividade

Autores

  • Eunice Maria Lima Soriano de ALENCAR Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento.
  • Denise de Souza FLEITH Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento.

Palavras-chave:

Estilos cognitivos, Criatividade, Motivação, Práticas pedagógicas

Resumo

Este estudo investiga diferenças entre estudantes de Pedagogia e de Licenciatura em Matemática, dos gêneros masculino e feminino, de instituições públicas e particulares quanto a orientações motivacionais, estilos cognitivos e percepção de práticas pedagógicas promotoras da criatividade utilizadas por seus professores, bem como relações entre essas variáveis. Trezentos e sessenta e cinco estudantes responderam a escalas referentes à motivação para aprender, estilos cognitivos e práticas docentes para a criatividade. Motivação intrínseca predominou nos estudantes da universidade particular e a extrínseca nos da universidade pública. Os dados revelaram diferenças entre cursos, gênero e tipo de universidade nos estilos cognitivos. Estudantes de universidade particular e de Pedagogia perceberam de forma mais positiva práticas pedagógicas promotoras da criatividade utilizadas por seus professores. Observaram-se relações positivas entre os fatores do instrumento de práticas docentes para a criatividade, motivação intrínseca e estilo inconformista transformador e entre os diversos estilos cognitivos e orientação motivacional intrínseca e extrínseca.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alencar, E. M. L. S. (1997). O estímulo à criatividade no contexto universitário. Psicologia Escolar e Educacional, 1(1), 29-37. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85571997000100004

Alencar, E. M. L. S. (2002). O estímulo à criatividade em programas de pós-graduação segundo seus estudantes Psicologia: Reflexão e Crítica, 15(1), 63-69. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722002000100008

Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2004a). Creativity in university courses: Perceptions of professors and students. Gifted and Talented International, 19(1), 24-28.

Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2004b). Inventário de práticas docentes que favorecem a criatividade no ensino superior. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17(1), 105-110. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722004000100013

Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2009). Criatividade. Múltiplas perspectivas. Brasília: UnB.

Alencar, E. M. L. S., & Galvão, A. (2007). Condições favoráveis à criação nas ciências e nas artes. In A. M. R. Virgolim (Ed.), Talento criativo: expressão em múltiplos contextos (pp.103-19). Brasília: UnB.

Amabile, T. M. (1996). Creativity in context. Boulder: Westview Press.

Amabile, T. M., & Mueller, J. S. (2008). Studying creativity, its processes, and its antecedents: An exploration of the componential theory of creativity. In J. Zhou & C. E. Shalley (Eds.), Handbook of organizational creativity (pp.33-64). New York: Lawrence Erlbaum.

Amaral, A. L. N., & Martínez, A. M. (2009). Aprendizagem criativa no ensino superior: a significação da dimensão subjetiva. In A. M. Martínez & M. C. V. R. Tacca (Eds.), A complexidade da aprendizagem. Destaque ao ensino superior (pp.149-192). Campinas: Alínea.

Barker, P. (2002). Interactivity as an extrinsic motivating force in learning. In S. Brown, S. Armstrong, & G. Thompson (Eds.), Motivating students (pp.15-23). London: Routledge.

Boruchovitch, E. (2008a). Escala de Motivação para Aprender de Universitários (EMA-U): propriedades psicométricas. Avaliação Psicológica, 7(2), 127-134.

Boruchovitch, E. (2008b). A motivação para aprender de estudantes em cursos de formação de professores. Educação, 31(1), 30-38.

Costa, E. R., & Boruchovitch, E. (2010). Motivação e escrita. Algumas contribuições para a prática pedagógica. In E. Boruchovitch, J. A. Bzuneck, & S. E. R. Guimarães (Eds.), Motivação para aprender: aplicações no contexto educativo (pp.193-208). Petrópolis: Vozes.

Cropley, A. J. (2005). Creativity in education and learning. London: Routledge.

Csikszentmihalyi, C. (2006). Developing creativity. In N. Jackson, M. Oliver, M. Shaw, & J. Wisdom (Eds.), Developing creativity in higher education (pp. XVIII-XX). London: Routledge.

Csikszentmihalyi, M. (1990). Flow: The psychology of optimal experience. New York: Harper & Row.

Csikszentmihalyi, M. (1994). The domain of creativity. InD. H. Feldman, M. Csikszentmihalyi, & H. Gardner (Eds.), Changing the world. A framework for the study of creativity (pp.135-58). Westport: Praeger.

Csikszentmihalyi, M. (1999). Implications of a systems perspective for the study of creativity. In R. J. Sternberg (Ed.), Handbook of creativity (pp.313-335). New York: Cambridge University Press.

Esquivel, G. B., & Hodes, T. G. (2003). Creativity, development, and personality. In J. Houtz (Ed.), The educational psychology of creativity (pp.135-166). Cresskill: Hampton Press.

Feist, G. J. (2010). The function of personality in creativity: The nature and nurture of the creative personality. In J. C. Kaufman & R. J. Sternberg (Eds.), The Cambridge handbook of creativity (pp.113-130). New York: Cambridge University Press.

Fleith, D. S. (2014). Clima de sala de aula para criatividade, motivação para aprender e ambiente familiar: um estudo comparativo entre alunos superdotados e alunos não superdotados [Relatório de pesquisa]. Brasília: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Fleith, D. S., & Alencar, E. M. L. S. (2010). A inter-relação entre criatividade e motivação. In E. Boruchovitch, A. Bzuneck, & S. E. R. Guimarães (Eds.), Motivação para aprender (pp.209-230). Petrópolis: Vozes.

Guimarães, S. E., Bzuneck, J. A., & Sanches, S. F. (2002). Psicologia educacional nos cursos de licenciatura: a motivação dos estudantes. Psicologia Escolar e Educacional, 6(1), 11-19. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572002000100002

Hosseini, A. (2011). University student’s evaluation of creative education in universities and their impact on their learning. Procedia Social and Behavioural Sciences, 15, 1806-1812. http://dx.doi.org/10.1016/j.sbspro.2011.04.007

Jackson, N., Oliver, M., Shaw, M., & Wisdom, J. (Eds.). (2006). Developing creativity in higher education. New York: Routledge.

Kirschenbaum, R. J., & Armstrong, D. C. (1999). Diagnostic assessment of creativity in students. In A. S. Fishkin, B. Cramond, & P. Olszewski-Kubilius (Eds.), Investigating creativity in youth (pp.329-348). Creskill: Hampton Press.

Lemons, G. (2005). When the horse drinks: Enhancing everyday creativity using elements of improvisation. Creativity Research Journal, 17(1), 25-36. http://dx.doi.org/10.1207/s15326934crj1701_3

Lubart, T. (2007). Psicologia da criatividade. Porto Alegre: ArtMed.

Lubart, T., & Sternberg, R. J. (1995). An investment approach to creativity: Theory and data. In S. M. Smith, T. B. Ward, & R. A. Fink (Eds.), The creative cognition approach (pp.271-302). Cambridge: MIT Press.

Martínez, A. M. (2002). Criatividade, personalidade e educação (3ª ed.). Campinas: Papirus.

McCluskey, K. W. (2013). Thoughts about tone, educational leadership, and building creative climates in our schools (2nd ed.). Ulm: ICIE.

Morgan, S., & Foster, J. (1999). Creativity in the classroom. Gifted Education International, 14(1), 29-43.

Nakano, T. C. (2010). Estilos de pensar e criar em estudantes de psicologia: diferenças regionais. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 10(3), 682-699.

Nakano, T. C., Santos, E., Zavariz, S. F., & Wechsler, S. M. (2010). Estilos de pensar e criar em universitários das áreas de humanas e sociais aplicadas: diferenças por gênero e curso. Psicologia: Teoria e Prática, 12(3), 120-134.

Nakano, T. C., & Siqueira, L. G. G. (2011). Avaliação dos estilos de pensar e criar em universitários. In S. M. Wechsler & T. C. Nakano (Eds.), Criatividade no ensino superior: uma perspectiva internacional (pp.236-263). São Paulo: Vetor.

Nakano, T. C., & Wechsler, S. M. (2007). Identificação e avaliação do talento criativo. In D. S. Fleith & E. M. L. S. Alencar (Eds.), Desenvolvimento de talentos e altas habilidades (pp.87-98). Porto Alegre: ArtMed.

Niu, W. (2007). Individual and environmental influences on Chinese student creativity. The Journal of Creative Behavior, 41(3), 151-175. http://dx.doi.org/10.1002/j.2162-6057.2007.tb01286.x

Otaviano, A. B. N., Alencar, E. M. L. S., & Fukuda, C. (2012). Estímulo à criatividade por professores de Matemática e motivação do aluno. Psicologia Escolar e Educacional, 16(1), 61-69. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572012000100007

Phelan, S., & Young, A. M. (2003). Understanding creativity in the workplace: An examination of individual styles and training in relation to creative confidence and creative self-leadership. The Journal of Creative Behavior, 37(4), 266-281. http://dx.doi.org/10.1002/j.2162-6057.2003.tb00994.x

Renzulli, J. S. (2005). Neglecting creativity. Education Week, 24, 31-32 and 40.

Ribeiro, R. A., & Fleith, D. S. (2007). O estímulo à criatividade em cursos de licenciatura. Paidéia, 17(38), 413-416. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-863X2007000300010

Rubenstein, V., McCoach, D. B., & Siegle, D. (2013). Teaching for creativity scale: An instrument for examine teachers’ perceptions of factors that allow for the teaching of creativity. Creativity Research Journal, 25(3), 324-334. http://dx.doi.org/10.1080/10400419.2013.813807

Sobral, D. T. (2003). Motivação do aprendiz de medicina: uso da escala de motivação acadêmica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 19(1), 25-31. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722003000100005

Sternberg, R. J. (2006). The nature of creativity. Creativity Research Journal, 18(1), 87-98. http://dx.doi.org/10.1207/s15326934crj1801_10

Sternberg, R. J. (2012). The assessment of creativity: Na investment-based approach. Creativity Research Journal, 24(1), 3-12. http://dx.doi.org/10.1080/10400419.2012.652925

Sternberg, R. J., & Lubart, T. I. (1995). Defying the crowd. Cultivating creativity in a culture of conformity. New York: The Free Press.

Treffinger, D. J. (2003). Assessment and measurement in creativity and creative problem solving. In J. Houtz (Ed.), The educational psychology of creativity (pp.59-94). Creskill: Hampton Press.

Treffinger, D. J., Schoonover, P. F., & Selby, E. C. (2013). Educating for creativity & innovation. Waco: Prufrock Press.

Wechsler, S. M. (1998). Pensando criativamente na universidade. Psicologia Escolar e Educacional, 2(1), 67-72. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85571998000100009

Wechsler, S. M. (2002). Criatividade e desempenho escolar: uma síntese necessária. Linhas Críticas, 8(15), 179-188.

Wechsler, S. M. (2006). Estilos de pensar e criar. Campinas: Lamp/Puc.

Wechsler, S. M., & Nakano, T. C. (Eds.). (2011). Criatividade no ensino superior: uma perspectiva internacional. São Paulo: Vetor.

Zenorine, R. P. C., & Santos, A. A. A. (2004). A motivação e a utilização de estratégias de aprendizagem em universitários. In E. Mercuri & A. J. Polydoro (Eds.), Estudantes universitários: características e experiências de formação (pp.67-86). Taubaté: Cabral e Livraria Universitária.

Downloads

Publicado

2023-03-22

Como Citar

ALENCAR, E. M. L. S. de, & FLEITH, D. de S. (2023). Relações entre motivação, estilos cognitivos e percepção de práticas pedagógicas promotoras de criatividade. Estudos De Psicologia, 33(3). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7982

Edição

Seção

PSICOLOGIA EDUCACIONAL