Lei Maria da Penha: as representações do judiciário sobre a violência contra as mulheres

Autores

  • Madge PORTO Universidade Federal do Acre
  • Francisco Pereira COSTA Universidade Federal do Acre

Palavras-chave:

Poder judiciário, Representações, Violência contra as mulheres

Resumo

Este estudo teve como objetivo identificar as representações de juízes sobre a violência contra as mulheres, de forma a compreender como tais representações pessoais podem ou não influenciar as decisões prolatadas em suas sentenças. Foi realizada a análise de conteúdo de 15 sentenças, proferidas entre setembro de 2006 e agosto de 2007, correspondente ao primeiro ano de vigência da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, em uma cidade da região Norte do Brasil. Nesse contexto, pode-se afirmar que os magistrados percebem a violência contra as mulheres como elemento constitutivo das relações entre gêneros, como um fato que não oferece perigo para elas e que não se enquadra no estatuto jurídico, não configurando crime. Há uma naturalização do lugar social definido para as mulheres pela sociedade patriarcal e a consequente invisibilidade das várias formas de violência por elas sofrida, o que dificulta o acesso à Justiça.

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Publicado

2010-12-31

Como Citar

PORTO, M. ., & COSTA, F. P. . (2010). Lei Maria da Penha: as representações do judiciário sobre a violência contra as mulheres. Estudos De Psicologia, 27(4). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7172