Leitura fenomenológica mundana do adoecer em pacientes do Serviço de Fisioterapia do Núcleo de Atenção Médica Integrada, Universidade de Fortaleza
Palavras-chave:
adoecer, experiência vivida, fenomenologia mundanaResumo
Este artigo busca revelar os significados da experiência de adoecer numa perspectiva mundana, isto é, a partir da noção de que a vida humana, e conseqüentemente a doença, encontra-se implicada no mundo sensível, na história e na cultura. Através de um trabalho de campo, realizado no Serviço de Fisioterapia do Núcleo de Atenção Médica Integrada da Universidade de Fortaleza, no qual se combinou a utilização dos métodos etnográfico e fenomenológico, buscou-se a superação da compreensão unicamente biológica do adoecer humano, enfocando o mundo da experiência vivida como campo privilegiado de revelações de sentido do estar doente. Os resultados mostram que o adoecer é uma vivência de despotencialização e exclusão social, mas que pode ser também uma oportunidade de revisão da vida, bem como de obter ganhos secundários.
Downloads
Referências
André, M. (1999). Etnografia da prática escolar Campinas: Papirus.
Brandão, C. (2002). A educação como cultura Campinas: Mercado das Letras.
Canguilhem, G (2000). O normal e o patológico Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Codo, W., & SAMPAIO, J. C. (1995). Sofrimento psíquico nas organizações: saúde mental e trabalho. Petrópolis: Vozes.
Creswell, J. (1998). Five qualitive traditions of Inquiry in: qualitative inquiry and research desing: choosing among five traditions. Thousand Oaks: Sage
Geertz, C. (1978). A interpretação das culturas Rio de Janeiro: LTC
Good, B. (1994). Medicine, rationality and experience: an anthropological perspective. London: Cambridge University Press.
Kleinman, A. (1995). Writing at the margin: discourse between anthropology and medicine. California: University of California Press.
Merleau-Ponty, M. (1996) Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes. (Originalmente publicado em 1945).
Moreira, V., & Sloan, T. (2002). Personalidade, ideologia e psicopatologia Crítica. São Paulo: Escuta.
Moreira, V. (2002). Psicopatologia crítica. Parte II. In: Personalidade, ideologia e psicopatologia crítica. São Paulo: Escuta.
Moreira, V. (2004). O método Fenomenológico de Merleau-Ponty como ferramenta crítica na pesquisa em psicopatologia. Psicologia: Reflexão e Critica,17 (3), 447-456.
Sloan, T. (2002). Psicopatologia crítica. Parte I. In Personalidade, ideologia e psicopatologia crítica. São Paulo: Escuta.
Tellenbach, H. (1999). A endogeneidade como origem da melancolia. Revista Latinoamerica de Psicopatologia Fundamental,2 (4), 164-175.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Virginia MOREIRA, Fernanda Nícia Nunes NOGUEIRA, Márcio Arthoni Souto da ROCHA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.