Características da população infantil atendida em triagem no período de 2000 a 2002 numa clínica-escola

Autores

  • Sandra Augusta de MELO Universidade Federal de Uberlândia
  • Hélvia Cristine Castro Silva PERFEITO Universidade Federal de Uberlândia

Palavras-chave:

Triagem psicológica, Clínica-escola de psicologia, Queixas psicológicas, Psicodiagnóstico infantil, Dinâmica familiar

Resumo

Este artigo relata a experiência de um trabalho realizado no Centro de Psicologia Aplicada da Faculdade de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia que buscou levantar, a partir dos dados de atendimentos infantis realizados entre 2000 e 2002, características epidemiológicas e clínicas da demanda infantil atendida em triagem. Diversos aspectos dos 139 casos foram analisados em termos de incidência (porcentagens) e discutidos com embasamento clínico das supervisões de caso. Obteve-se que a demanda clínica deste serviço constitui, em sua maioria, de crianças que apresentam sintomas responsivos ao grupo familiar. Os dados permitiram, ainda, levantar hipóteses e sugerir novas pesquisas acerca das mudanças na família e nas funções parentais presentes na gênese dos problemas infantis que geram demanda clínica em psicologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ancona-Lopez, M. (1984). Características da clientela de clínicas escola de psicologia em São Paulo. In R. M. Macedo (Org.), Psicologia e instituição:novas formas de atendimento (pp.24-46). São Paulo: Cortez.

Affonso, R. M. L., & Mota, E. G. (2002). A relação pais-filhos: um estudo da dinâmica familiar. Psikhe, 7 (1), 8-56.

Barbosa, J. I. C., & Silvares, E. F. M. (1994). Uma caracterização preliminar das clínicas-escola de Fortaleza. Estudos de Psicologia Campinas, 3 (11), 50-56.

Bauman, Z. (1998). O mal estar na pós-modernidade Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Bleichmar, S. (1994). Do discurso parental à especificidade sintomática na psicanálise de crianças. In A.M.S. Rosenberg (Org.), O lugar dos pais na Psicanálise de crianças (pp.120-155). São Paulo: Escuta.

Borges, S. L. P. (1996). Caracterização da clientela da clínica São Marcos na área de atendimento infantil. Interações: Estudos e Pesquisas em Psicologia, 1 (1), 59-78.

Debieux, R. M. (2001). O não-dito familiar e a transmissão da história. Psyche, 5 (8),123-137.

Ferez-Carneiro, T. (1998). Clínica da família e do casal: tendências da demanda contemporânea. Interações:Estudos e Pesquisas em Psicologia, 6 (3), 23-32.

Graminha, S. S. V., & Martins, M. A. O. M. (1993). Estudo das características da população que procura o serviço de atendimento infantil no Centro de Psicologia Aplicada da FFCLRP - USP. Psico,1 (24),119-130.

Kristeva, J. (2002). As novas doenças da alma Rio de Janeiro: Rocco.

Kupfer, M. C. (1994). Pais: melhor não tê-los? In A. M. S. Rosenberg (Org.), O lugar dos pais na psicanálise de criança (pp.99-119).São Paulo: Escuta.

Lipovetsky, G. (2004). O caos organizador. Folha de São Paulo, Caderno Mais! 14 de Março de 2004.

Organização Mundial da Saúde. (1993). Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10:descrições clínicas e diretrizes diagnósticas Porto Alegre: Artes Médicas.

Ribeiro, M. J. (2004). O ensinar e o aprender em Winnicott: a teoria do amadurecimento emocional e suas contribuições à psicologia escolar Tese de doutorado não-publicada, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Roudinesco, E. (2003). A família em desordem Rio de Janeiro Zahar.

Rosenberg, A. M. S. (1994). A constituição do sujeito e o lugar dos pais na análise de crianças. In A. M. S. Rosenberg. O lugar dos pais na psicanálise de crianças (pp.21-59). São Paulo: Escrita.

Sanchez, N. A. (1985). Estudo epidemiológico de clientes da clínica-escola do departamento de psicologia da Univer-sidade Federal de Uberlândia (MG) Dissertação de mestrado não-publicada, Departamento de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Santos, L. A. R. (2005). A criança, seu lugar na contemporaneidade e as implicações na clínica psicanalítica. Acesso em outubro 2, 2005, disponível em: http://www.estadosgerais.org/gruposvirtuais/santos-a-crianca.shtml

Simionato-Tozo, S. M. P., & Biasoli-Alves, Z. M. M. (1998). O cotidiano e as relações familiares em duas gerações. Paidéia: Cadernos de Psicologia e Educação, 14/15 (8), 137-150.

Souza, R. M. (1997). A criança na família em transformação: um pouco de reflexão e um convite à investigação. Psicologia Revista, 5, 33-51.

Downloads

Publicado

2006-09-30

Como Citar

MELO, S. A. de ., & PERFEITO, H. C. C. S. . (2006). Características da população infantil atendida em triagem no período de 2000 a 2002 numa clínica-escola. Estudos De Psicologia, 23(3). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/6796