Transtorno depressivo maior em doadora de transplante renal: estudo de caso
Palavras-chave:
transtorno depressivo maior, transplante renal, terapia cognítivo-comportamentalResumo
O estudo avaliou o impacto da intervenção cognitivo-comportamental em candidata a doadora para transplante renal, atendida no serviço de psicologia de um hospital- escola, do interior do Estado de São Paulo. Foi sujeito uma mulher de 37 anos, 10. grau incompleto, manicure, casada, dois filhos. Sua queixa principal era sentimento de culpa e tristeza, choro, insônia, redução do comportamento verbal e esquiva de situações sociais, após ter sido suspensa como doadora de um rim para o irmão, em tratamento hemodialítico. Foram realizadas 16 sessões, semanalmente, de 30 minutos, utilizadas entrevistas semi-dirigidas, Inventário Beck de Depressão (BDI), Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDA TE), Histórico de Vida e técnicas cognítivo-comportamentais. A hipótese diagnóstica foi Transtorno Depressivo Maior, episódio recorrente, nível grave, associado a sintomas de ansiedade. Os resultados demonstraram remissão do quadro depressivo, melhora dos sintomas de ansiedade e identificação de pensamentos disfuncionais que interferiam nos relacionamentos interpessoais e culpa pela não doação.
Downloads
Referências
American Psychological Association (1994). Publication manual of lhe American Psychological Association (4th ed.). Washington, DC: Author.
Beck, A.T.; Steer, A.A. e Garbin, M.G. (1988). Psychometric Properties of lhe Beck Depression Inventory: Twenty-Five Years of Evaluation. Clinical Psychology Review, (8),77-100.
Beck, J.S. (1997). Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artes Médicas.
Binet, 1.,Bock, A. H., Vogelbach P., Gasser, T., Kiss, A., Brunner, F. e Thiel, G. (1997). Outcome in emotionally related living kidney danar transplantation. Nephrology Dialysis Transplant, (12),1940-1948.
Jacobs, C., Johnson, E., Anderson, K., Gillingham, K., & Matas, A. (1998). Kidney transplants from living donors: how donation affects family dynamics.Advances in Renal Replacement Therapy, (5), 89-97.
Johnson, EM., Anderson, J.K., Jacobs, C., Such, G., Humar, A., Suhr, B.D., Kerr, S.R. e Matas, A.J. (1999). Long- term follow-up of living kidney donors: quality of life after donation. Transplantation, (15), 717-721.
Kasiske, B.lo (1998). The evaluation of prospective renal transplant recipients and living donors. Surg Clin North Am, (78), 27-39
Kasiske, B.lo, & Bia, M.J. (1995). The evaluation and selection of living kidney donors. Journal American Kidney Diseases, (26),387-398.
Riether, A. M., & Mahler, E (1995). Organ Donation: Psychiatric, Social, and Ethical Considerations. Psychosomatics, (36), 336-343.
Schover, loA., Streem, S.B., Boparai, N., Duriak, K., & Novick, A. C. (1997). The psychosocial impact of donating a kidney: long-term folow-up from a urology based center. Journal of Urology, (157), 1596-1601.
Spielberger, C.D.; Gorsuch, A. L. e Lushene, A. E (1973). Manual for lhe State-Trait Anxiety Inventory. Consulting Psychologists Press, Paolo Alto, Califórnia.
Wicks, M.N., Milstead, E.J., Hathaway, D.K., & Cetingok, M. (1998). Family caregivers’ burden, quality of life, and health following patients’ renal transplantation. Journal Transplant Coord, (8), 170-176.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Priscila Silveira DUARTE, Luciana de Toledo BERNARDES-DA-ROSA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.