Uma entrevista funcional para investigação clínica de contingências comportamentais relevantes no Transtorno de Ansiedade Social
Palavras-chave:
Comportamento e mecanismos comportamentais, Entrevista psicológica, Transtorno de ansiedade social, Comportamento socialResumo
Objetivo
Este trabalho tem como objetivo propor uma Entrevista Funcional delineada para investigar as contingências comportamentais que caracterizam os padrões do comportamento socialmente ansioso relativas ao Transtorno de Ansiedade Social.
Método
A Entrevista Funcional para Ansiedade Social é uma entrevista semiestruturada concebida para identificar os episódios comportamentais característicos do comportamento socialmente ansioso.
Resultados
Consiste em 18 perguntas distribuídas em 7 seções, destinadas a identificar de maneira abrangente todos os elementos comportamentais (antecedentes, respostas e consequentes) que compõem os cinco critérios funcionais propostos (contingências comportamentais) associados ao comportamento socialmente ansioso.
Conclusão
A Entrevista Funcional para Ansiedade Social pode auxiliar tanto psicólogos quanto psiquiatras no reconhecimento dos padrões do comportamento socialmente ansioso mediante a investigação de informações relevantes para os critérios funcionais. Trata-se de um instrumento que torna exequível a investigação funcional do comportamento socialmente ansioso em contextos clínicos, possibilitando a compreensão desse fenômeno comportamental usando um modelo funcional do comportamento.
Downloads
Referências
Abend, R., Gold, A. L., Britton, J. C., Michalska, K. J., Shechner, T., Sachs, J. F., Winkler, A. M., Leibenluft, E., Averbeck, B. B., & Pine, D. S. (2020). Anticipatory threat responding: associations with anxiety, development, and brain structure. Biological Psychiatry, 87(10), 916-925. https://doi.org/10.1016/j.biopsych.2019.11.006
Alonso, P., & Moscoso, S. (2017). Structured behavioral and conventional interviews: differences and biases in interviewer ratings. Journal of Work and Organizational Psychology, 33(3), 183-191. https://doi.org/10.1016/j.rpto.2017.07.003
American Psychiatric Association (2022). Diagnostic and statistical manual of mental disorders: DSM-5-TR. American Psychiatric Association Publishing.
Anderson, C. M., & St. Peter, C. C. (2013). Functional analysis with typically developing children: best practice or too early to tell? In Response to Hanley (2012). Behavior Analysis in Practice, 6(2), 62-76. https://doi.org/10.1007/BF03391806
Baptista, C. A., Loureiro, S. R., Lima Osório, F., Zuardi, A. W., Magalhães, P. V., Kapczinski, F., Santos Filho, A., Freitas-Ferrari, M. C., & Crippa, J. A. S. (2012). Social phobia in Brazilian university students: prevalence, under-recognition and academic impairment in women. Journal of Affective Disorders, 136(3), 857-861. https://doi.org/10.1016/j.jad.2011.09.022
Bolsoni-Silva, A. T., & Loureiro, S. R. (2010). Validação do roteiro de entrevista de habilidades sociais educativas parentais (RE-HSE-P). Avaliação Psicológica, 9(1), 63-75.
Carrara, K. (2008). Bases conceituais revisitadas, implicações éticas permanentes e estratégias recentes em análise aplicada do comportamento. In M. R. Cavalcante (Org.), Avaliação e intervenção em análise do comportamento: aspectos de procedimentos (pp. 1-14). Roca.
Catania, A. C. (2013). Learning (5th ed.). Sloan.
De Rose, J. C. (1999). O relato verbal segundo a perspectiva da análise do comportamento: contribuições conceituais e experimentais. In R. A. Banaco (Org.), Sobre comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em Análise do Comportamento e Terapia Cognitivista (2nd ed., pp. 148-163). Esetec.
DeSousa, D. A., Moreno, A. L., Gauer, G., Manfro, G. G., & Koller, S. H. (2013). Revisão sistemática de instrumentos para avaliação de ansiedade na população brasileira. Avaliação Psicológica, 12(3), 397-410.
Gadaire, D. M., Kelley, M. E., & La Rue, R. H. (2021). Indirect behavioral assessments: interviews and rating scales. In W. W. Fisher, C. C. Piazza, & H. S. Roane (Eds.), Handbook of applied behavior analysis (pp. 192-201). Guilford Press.
Goldiamond, I. (2002). Toward a constructional approach to social problems: ethical and constitutional issues raised by applied behavior analysis. Behavior and Social Issues, 11, 108-197. https://doi.org/10.5210/bsi.v11i2.92
Haynes, S. N., O’Brien, W. H., & Kaholokula, J. K. (2019). Behavioral assessment of adults in clinical settings. In G. Goldstein, D. N. Allen, & J. DeLuca (Eds.), Handbook of Psychological Assessment (pp. 461-501). Elsevier. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-802203-0.00015-8
Iêgo, S., & Ribeiro, M. J. F. X. (2024). Interpretação Analítico-comportamental para o transtorno de ansiedade social e proposta de critérios funcionais para diagnóstico. Perspectivas em Análise do Comportamento, 15(2), 254-273. https://doi.org/10.18761/pac.as7ay9a
Matos, M. A. (1999). Análise funcional do comportamento. Estudos de Psicologia (Campinas), 16(3), 8-18. https://doi.org/10.1590/S0103-166X1999000300002
Ramos, M. M., & Cerqueira-Santos, E. (2021). Ansiedade social: adaptação e evidências de validade da forma curta da Social Interaction Anxiety Scale e da Social Phobia Scale para o Brasil. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 70(2), 149-156. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000304
Schlund, M. W., Carter, H., Cudd, G., Murphy, K., Ahmed, N., Dymond, S., & Tone, E. B. (2021). Human social defeat and approach–avoidance: escalating social-evaluative threat and threat of aggression increases social avoidance. Journal of Experimental Analysis Behavior, 115, 157-184. https://doi.org/10.1002/jeab.654
Sidman, M. (1960). Normal sources of pathological behavior. Science, 132(3419), 61-68. https://doi.org/10.1126/science.132.3419.61
Simon, C., & Hessen, D. O. (2019). Selection as a domain-general evolutionary process. Behavioural Processes, 161, 3-16. https://doi.org/10.1016/j.beproc.2017.12.020
Stein, D. J., Lim, C. C. W., Roest, A. M., Jonge, P., Aguilar-Gaxiola, S., Al-Hamwazi, A., Alonso, J., Benjet, C., Bromet, E. J., Bruffaerts, R., Girolamo, G., Florecu, S., Gureje, O., Haro, J. M., Harris, M. G., He, Y., Hinkov, H., Horiguchi, I., Hu, C., . . . WHO World Mental Health Survey Collaborators. (2017). The cross-national epidemiology of social anxiety disorder: Data from the World Mental Health Survey Initiative. BMC Medicine, 15, e143. https://doi.org/10.1186/s12916-017-0889-2
Sturmey, P. (2020). Functional analysis in clinical treatment. A volume in practical resources for the mental health professional (2nd ed.). Academic Press. https://doi.org/10.1016/C2015-0-05507-1
Vilaplana-Pérez, A., Pérez-Vigil, A., Sidorchuk, A., Brander, G., Isomura, K., Hesselmark, E., Kuja-Halkola, R., Larsson, H., Mataix-Cols, D., & Fernández de la Cruz, L. (2020). Much more than just shyness: the impact of social anxiety disorder on educational performance across the lifespan. Psychological Medicine, 51(5), 861-869. https://doi.org/10.1017/S0033291719003908
Wong, Q. J. J., Gregory, B., & McLellan, L. F. (2016). A Review of scales to measure social anxiety disorder in clinical and epidemiological studies. Current Psychiatry Reports, 18(4), 38. https://doi.org/10.1007/s11920-016-0677-2
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Sandro Iêgo, Maria Júlia Ferreira Xavier Ribeiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.







