Ambientes urbanos amigáveis na perspectiva de crianças e idosos

Autores

Palavras-chave:

Velhice, Infância, Cidades, Psicologia ambiental, Desenvolvimento humano

Resumo

Objetivo
Este estudo buscou identificar como crianças e idosos avaliam seus ambientes residenciais, tendo em vista suas capacidades individuais e as pressões do ambiente físico nas cidades.

Método
Usando uma abordagem exploratória, descritiva e qualitativa, foram conduzidas entrevistas com fotografias com crianças e idosos. As entrevistas seguiram um roteiro semi-estruturado e as fotografias foram apresentadas de acordo com as características ambientais de cada localidade.

Resultados
As análises permitiram identificar a busca por independência e autonomia no uso dos espaços, em graus variados, de acordo com as habilidades de cada grupo para lidar com as situações de pressão ambiental. Os resultados revelam que a relação com o ambiente urbano reside nas vivências diárias, nas memórias e nos recursos ambientais disponíveis para esses indivíduos em seus ambientes residenciais.

Conclusão
Facilitadores e barreiras se intercalam nesses cotidianos, exigindo usos alternativos dos espaços e modificações de cenários a fim de torná-los mais amigáveis para as populações urbanas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Albuquerque, D. S., & Günther, I. A. (2019). Onde em nós a casa mora? Os ambientes residenciais nas relações pessoa-ambiente. In M. I. G. Higuchi, A. Kuhnen, & C. Pato (Orgs.), Psicologia ambiental em contextos urbanos (pp. 16-33). Edições do Bosque; CFH; UFSC.

Amâncio, D. A. R. (2020). A busca do idoso por uma docilidade ambiental na cidade que não o acolhe. In M. I. G. Higuchi & J. C. Lacerda Júnior (Orgs.), Relações pessoa-ambiente amazônico (pp. 252-266). Autografia.

Aragonés, J. I., Amérigo, M., & Pérez-López, R. (2017). Residential satisfaction and quality of life. In G. FleuryBahi, E. Pol, & O. Navarro (Eds.), Handbook of environmental psychology and quality of life research (pp. 311-328). Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-319-31416-7

Baltes, P. B. (1987). Theoretical propositions of life-span developmental psychology: on the dynamics between growth and decline. Developmental Psychology, 23(5), 611-626. https://doi.org/10.1037/0012-1649.23.5.611

Bonaiuto, M., & Alves, S. (2012). Residential places and neighborhoods: toward healthy life, social integration, and reputable residence. In S. D. Clayton (Ed.), The Oxford handbook of environmental and conservation psychology (pp. 221-247). University Press.

Broberg, A., Kÿtta, M., & Fagerholm, N. (2013). Child-friendly urban structures: bullerby revisited. Journal of Environmental Psychology, 35, 110-120. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2013.06.001

Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, 21, 513-518.

Cartier, R., Barcellos, C., Hubner, C., & Porto, M. F. (2009). Vulnerabilidade socioambiental e risco ambiental: uma abordagem metodológica para avaliação de injustiça ambiental. Cadernos de Saúde Pública, 25(12), 2695-2704.

Depeau, S. (2017). Children in cities: the delicate issue of well-being and quality of urban life. In G. Fleury-Bahi, E. Pol, & O. Navarro (Eds.), Handbook of environmental psychology and quality of life research (pp. 345-368). Springer.

Ferreira, V. M. R. (2016). Deslocamento de crianças nos bairros de Curitiba e sua relação com processos de socialização. Revista Eletrônica de Educação, 10(1), 52-68. http://dx.doi.org/10.14244/198271991231

Fornara, F., Bonaiuto, M., & Bonnes, M. (2010). Cross-validation of abbreviated Perceived Residential Environmental Quality (PREQ) and Neighborhood Attachment (NA) indicators. Environment and Behavior, 42(2), 171-196. https://doi.org/10.1177/0013916508330998

Fornara, F., & Manca, S. (2017). Healthy environments for the elderly. In G. Fleury-Bahi, E. Pol, & O. Navarro (Eds.), Handbook of environmental psychology and quality of life research (pp. 441-468). Springer.

Gibson, J. J. (1986). The ecological approach to visual perception. Taylor and Francis Group.

Günther, I. A., & Elali, G. A. (2018). Docilidade ambiental. In S. Cavalcante & G. A. Elali (Orgs.), Psicologia ambiental: conceitos para a leitura da relação pessoa-ambiente (pp. 47-59). Vozes.

Günther, I. A., & Fragelli, T. B. O. (2011). Estresse ambiental. In S. Cavalcante & G. A. Elali (Orgs.), Temas básicos em psicologia ambiental (pp. 191-197). Vozes.

Iecovich, E. (2014). Aging in place: from theory to practice. Antropological Notebooks, 20(1), 21-33.

Lacerda Junior, J. C., & Higuchi, M. I. G. (2020). Os deslocamentos como aspectos de apropriação da cidade pelas crianças. In M. I. G. Higuchi & J. C. Lacerda Júnior (Orgs.), Relações pessoa-ambiente amazônico (pp. 232-251). Autografia.

Lawton, M. P., & Nahemov, L. (1973). Ecology and the aging process. In C. Eisdorfer & M. P. Lawton (Eds.), The psychology of adult development and aging (pp. 619-674). American Psychological Association.

Lawton, M. P., & Simon, B. (1968). The ecology of social relationships in housing of the elderly. The Gerontologist, 8(2), 108-115.

Valentine, G. (2004). ‘I can handle it’: children and competence. In G. Valentine, Public space and the culture of childhood (pp. 53-68). Ashgate.

Woolrych, R., Sixsmith, J., Fisher, J., Makita, M., Lawthon, R., & Murray, M. (2019). Constructing and negotiating social participation in old age: experiences of older adults living in urban environments in the United Kingdom. Aging and Society, 41(6), 1-23. https://doi.org/10.1017/S0144686X19001569

Downloads

Publicado

2025-06-02

Como Citar

Albuquerque, D. da S., & Günther, I. de A. (2025). Ambientes urbanos amigáveis na perspectiva de crianças e idosos . Estudos De Psicologia (Campinas), 42. Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/16051

Edição

Seção

PSICOLOGIA SOCIAL