Fratura de cabeça de fêmur associado à luxação e fratura de acetábulo bilateral
relato de caso e uma breve revisão literária
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0897v33a2025e8668Palavras-chave:
Cabeça do fêmur, Fraturas do quadril, Luxação do quadril, OrtopediaResumo
A fratura de cabeça de fêmur foi descrita, pela primeira vez, em 1869, por Birket, e corresponde à uma lesão rara, ocorrendo entre 5% a 15% dos casos de luxação de quadril. Dentre os graus definidos por Pipkin, I II e IV são os mais comuns, enquanto o grau III é o mais raro. Apesar dessa classificação não apresentar originalmente um valor prognóstico, estudos posteriores apontam a lesão grau IV como a de pior sintoma. O presente estudo tem como objetivo relatar um caso de fratura bilateral de cabeça de fêmur, Pipkin I à esquerda e Pipkin IV à direita, ambas acompanhadas de luxações. Relato: Paciente do sexo masculino, 24 anos, tabagista, sem comorbidades, sofreu um acidente automobilístico ao colidir frontalmente com um trator em alta velocidade. Uma radiografia foi feita, na qual se evidenciou uma luxação posterior
bilateral de quadril concomitante à fratura bilateral da cabeça de fêmur, com isso, uma redução incruenta de urgência foi efetuada. Um tratamento cirúrgico foi realizado em dois tempos. Discussão: Em relação à luxação do quadril, sendo essa uma urgência ortopédica, deve ser realizada a redução o mais rápido possível, tomando-se cautela para não contribuir para uma fratura iatrogênica grau III de Pipkin de pescoço femoral. Conclusão: Independente do tratamento, o prognóstico é reservado. Apesar de carecer de estudos mais aprofundados, a artroplastia total de quadril é uma opção provável. Em nosso caso, o paciente evoluiu bem nos primeiros meses, mas apresentou, posteriormente, necrose vascular bilateral e artrose póstraumática à direita.
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