FATOR V DE LEIDEN E MUTAÇÃO G202 1 OA EM MULHERES COM ABORTO ESPONTÂNEO RECORRENTE E ÓBITO FETAL
Palavras-chave:
aborto espontâneo, fator V de Leiden, natimortalidade, protrombina, trombofiliaResumo
Objetivo
A perda fetal e outras complicações da gravidez foram associadas à trombose materna. Fatores de trombofilia hereditária são as possíveis causas destes eventos, Estudar a associação entre trombofilia hereditária e perda gestacional.
Métodos
Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva com controle externo, que incluiu 42 mulheres portadoras do fator V de Leiden, pacientes do Ambulatório de Hematologia (Grupo 1) e 94 mulheres sem este fator. atendidas no Ambulatório de Planejamento Familiar (Grupo 2). Antecedentes pessoais de perdas gestacionais e doença tromboembólica, assim como antecedentes familiares de doença tromboembólica, foram investigados durante consultas médicas e através de entrevistas por telefone. Para a análise descritiva. utilizaram-se tabelas de freqüência e medidas de posição e dispersão. Para avaliar as associações, foram utilizados os testes de Qui-quadrado e o Teste Exato de Fisher.
Resultados
Não houve diferença significativa entre os grupos estudados, quanto à ocorrência de naümortalidade. No Grupo 1, de 1 09 gestações, 26.6'’/, terminaram em aborto. No Grupo 2. de 226 gestações, 9. 6% terminaram em aborto (p<0,0001). As mulheres do Grupo 1 apresentaram maior prevalência de aborto recorrente e história familiar de fenômenos tromboembólicos (p<0.0001 ). Todas eram portadoras do fator V de Leiden heterozigoto; três delas também apresentavam a mutação G20210A heterozigota no gene da protrombina,
Conclusão
A freqüência de aborto espontâneo e recorrente foi maior em portadoras de fatores de trombofilia hereditária, mulheres que apresentaram maior tendência aos eventos tromboembólicos
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