Avaliação auditiva em recém-nascidos internados em unidades de terapia intensiva e de cuidados intermediários: triagem e acompanhamento ambulatorial
Palavras-chave:
audição, perda auditiva, recém-nascidoResumo
Objetivo
Descrever os resultados da triagem auditiva de recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal do Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas, assim como o acompanhamento ambulatorial dos casos alterados.
Métodos
Foi realizada a audiometria automática de tronco encefálico nos recém-nascidos internados no período de janeiro a outubro de 2002. Os recém-nascidos com exame alterado foram encaminhados ao Centro de Estudos e Pesquisa em Reabilitação Prof. Dr. Gabriel Porto para acompanhamento. Para diagnóstico foram realizadas emissões otoacústicas, reflexo cócleo-palpebral e audiometria de tronco encefálico.
Resultados
Foram avaliados 216 recém-nascidos; desses; 26 falharam, sendo 11 para 70 dBNA, em pelo menos uma das orelhas e 15 para 35 dBNA e/ou 40 dBNA. Dos recém-nascidos com exame alterado na triagem, 14 (54%) compareceram aos retornos. Desses, sete apresentaram perda auditiva neurossensorial de grau grave a profundo. Não houve associação dos resultados com sexo, adequação peso/ idade gestacional, idade gestacional e presença ou não de indicadores de risco.
Conclusão
A prevalência de triagem alterada foi 12 %. A presença de indicadores de risco não mostrou associação significativa com o resultado. É necessário dar continuida de ao processo diagnóstico em todos os recém-nascidos com triagem alterada. O índice de retorno foi de 14/26 (54%), e o diagnóstico de surdez foi confirmado em sete desses 14 recém-nascidos.
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