Primeiros estudos de Chironomidae (Diptera) do estado do Piauí (Brasil)

Autores

  • Romildo Ribeiro Soares
  • Victor de Jesus Silva Meireles
  • Leomá Albuquerque Matos
  • João Marcelo de Castro e Souza
  • Gisele Daiane Pinha
  • Danielle Katharine Petsch
  • Alice Michiyo Takeda

Palavras-chave:

Fatores ambientais, Nordeste, Rio Parnaíba, Rio Poti

Resumo

A maioria dos trabalhos ecológicos classifica as larvas de Chironomidae apenas em nível de família ou subfamília. Isto é ainda mais comum em locais cuja fauna é pouco conhecida, como no Nordeste do Brasil. Este estudo é um dos primeiros sobre Chironomidae do estado do Piauí. As coletas foram realizadas em abril de 2013, nas regiões centrais e marginais dos rios Poti e Parnaíba, utilizando pegador de fundo tipo Petersen modificado. As larvas de Chironomidae foram identificadas ao menor nível taxonômico possível. Também foram coletados dados de variáveis físico-químicas da água. Foram encontrados seis morfoespécies de Chironomidae de três subfamílias. As maiores densidades ocorreram na margem do rio Poti, e as menores, na região central. Coelotanypus foi a única morfoespécie registrada no rio Poti. Por outro lado, todos os táxons registrados ocorreram no rio Parnaíba, sendo a sua região central a mais rica, com cinco morfoespécies. A maior dissimilaridade da composição da comunidade foi verificada entre os dois rios e entre a margem e calha do rio Parnaíba. A diferença nas variáveis ambientais entre os rios parece não ser relacionada à proximidade geográfica, mas influenciou a dissimilaridade na composição de espécies. Mais estudos devem ser realizados para entender a ecologia do grupo na região.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Agassiz, L. &Agassiz, E.C. (1975). Viagem ao Brasil: 1865- 1866. São Paulo: Edusp.

Anjos, A.F.; Takeda, A.M. & Pinha, G.D. (2011). Distribuição espacial e temporal das larvas de Chironomidae em diferentes ambientes do complexo, rio Baía, Mato Grosso do Sul, Brasil. Acta Scientiarum Biological Sciences, 33(4):417-26.

Armitage, P.D.; Cranston, P.S. &. Pinder, L.C.V. (1995). The Chironomidae: Biology and ecology of non-biting midges. London: Chapman & Hall.

Baselga, A. (201O). Partitioning the turnover and nestedness components of beta diversity. Global Ecology and Biogeography, 19(1):134-43.

Dobrovolski,R.; Melo, A.S.; Casemiro, F.A.S. & Diniz-Filho, JAF. (2012). Climatic history and dispersai ability explain the relative importance of turnover and nestedness components of beta diversity. Global Ecology and Biogeography, 21(2):191-7.

Epler, J.H. (2001). ldentification manual for the larval Chironomidae (Oiptera) of North and South Carolina: A guide to the taxonomy of the midges of the Southeastern United States, including Florida. Available from: <http://www.esb.enr.state.nc.us/BAUwww/Chironomid.htm>. (cited 7/9/2010).

Fattorini, S. & Baselga, A. (2012). Species richness and turnover patterns in European tenebrionid beetles. lnsect Conservation and Diversity, 5(5):331-45.

Ferrington, L.C. (2008). Global diversity of non-biting midges (Chironomidae; lnsecta-Diptera) in freshwater. Hydrobiologia, 595(1):445-7.

Florentino, A.C. & Penha, J.M. (2011) High beta diversity of fish in vegetated littoral zones of floodplain lakes in the Cuiabá River Basin, Northern Pantanal, Brazil. Hydrobiologia, 1(1):137-46.

Mendes, H.F. & Pinho, L.C. (2013). Brazilian chironomid home page. Available from: <https://sites.google.com/site/brazilianchironomids/home>. (cited 9/5/2013).

Oliver, D.R. (1971). Life history of the Chironomidae. Annual Review of Etomology, 16(1):211-30.

Olsen, D.A.; Townsend, C.R. & Matthaei, C.D. (2001). lnfluence of reach geomorphology on hyporheic communities in a gravel-bed stream. New ZealandJournal of Marine and Freshwater Research, 35(1):181-90.

Pinder, L.C.V. (1986). Biology of freshwater Chironomidae. Annual Review of Entomology, 31(1):1-23.

Pinha, G.D.; Aviz, D.; Lopes Filho, D.R.; Petsch, D.K.; Marchese, M.R. & Takeda, A.M. (2013). Longitudinal distribution of the Chironomidae (Diptera) assemblage downstream from a dam in a neotropical river. Brazilian Journal of Biology, 73(3): 549-58.

R Development Core Team. (2012). R: A language and environment for statistical computing. Vienna, Au: R Foundation for Statistical Computing.

Roque, F.O.; Trivinho-Strixino, S.; Milan, L. & Leite, J.G. (2007). Chironomid species richness in low arder streams in the Brazilian Atlantic Forest: A first approximation through a Bayesian approach. Journal of North American Benthological Society, 26(2):221-31.

Roque, F.O.; Siqueira, T.; Bini, L.M.; Ribeiro, M.C.; Tambosi, L.R.; Ciocheti, G. et ai. (201O). Untangling associations between chironomid taxa in Neotropical streams using local and landscape filters. Freshwater Biology, 55(4):847- 65.

Rosa, R.S.; Menezes, N.A.; Britski, H.A.; Costa, W.J.E.M. & Groth, F. (2003). Diversidade, padrões de distribuição e conservação dos peixes da Caatinga. ln: Leal, 1. R.; Tabarelli, M. & Silva, J.M.C. (Ed.). Ecologia e conservação da Caatinga. Recife: UFPE. p.135-62.

Sanseverino, A.M. & Nessimian, J.L. (2001). Hábitats de larvas de Chironomidae (lnsecta, Diptera) em riachos de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro. Acta Limnologica Brasiliensia, 3(1):29-38.

Siqueira, T.; Roque, F.O. & Trivinho-Strixino, S. (2008). Species richness, abundance, and body size relationships from a neotropical chironomid assemblage: Looking for patterns. Basic and Applied Ecology, 9(5):606-12.

Spies, M. & Reiss, F. (1996). Catalog and bibliography of Neotropical and Mexican Chironomidae. Spixiana, 22(1):61-119.

Takeda, A.M.; Kobayashi, J.T.; Resende, D.L.M.C.; Fujita D.S.; Avelino G.S.; Fujita, R.H., et ai. (2004). lnfluence of decreased water levei on the Chironomidae community of the Upper Paraná River alluvial plain. ln: Agostinho, A.A.; Rodrigues, L.; Gomes, L.C.; Thomaz, S.M.& Miranda,

L.E. (Ed.). Structure and functioning of the Paraná River and its floodplain. Maringá: EDUEM. p.101-6.

Tonial, M.L.S.; Silva, H.L.R.; Tonial, I.J.; Costa, M.C.; Silva Júnior, N.J. & Diniz-Filho, J. A.F. (2012). Geographical patterns and partition of turnover and richness components of beta-diversity in faunas from Tocantins river valley. Brazi/ian Journal of Biology, 72(3):497-504.

Townsend, C.R.; Abruckle, C.J.; Crowl, T.A. & Scarsbrook, M.R. (1997). The relationship between land use and physicochemistry, food resources and macroinvertebrate communities in tributaries of the Taieri River, New Zealand: A hierarchically scaled approach. Freshwater Biology, 37(1):177-91

Trivinho-Strixino, S. & Strixino, G. (1995). arvas de Chironomidae (Diptera) do Estado de São Paulo: guia de identificação e diagnose dos gêneros. São Carlos: UFSCar.

Trivinho-Strixino, S. (2011a). Larvas de Chironomidae: guia de identificação. São Carlos: UFSCar.

Trivinho-Strixino, S. (2011b). Chironomidae (lnsecta, Diptera, Nematocera) do Estado de São Paulo, Sudeste do Brasil. Biata Neotropica, 11(1):675-84.

Würdig, N.L.; Cenzano, C.S.S.; Motta-Marques, D. (2007). Macroinvertebrate communities structure in different environments of the Taim Hydrological System in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Acta Limnologica Brasiliensia, 19(4):427-38.

Downloads

Publicado

2013-12-31

Como Citar

Soares, R. R., Meireles, V. de J. S., Matos, L. A., Castro e Souza, J. M. de, Pinha, G. D., Petsch, D. K., & Takeda, A. M. (2013). Primeiros estudos de Chironomidae (Diptera) do estado do Piauí (Brasil). Bioikos – Título não-Corrente, 27(2). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/bioikos/article/view/2294

Edição

Seção

Artigos - Zoologia